Love In The Fire - Nick Jonas/ Nelena

Nicholas On

Fugitivo , assassino, matador, impiedoso .

Se por algum dia seus olhos alcançarem os meus, simplesmente diga adeus, pois é o fim da linha.

Fui sempre assim, e é como devo ser. As pessoas são criadas para praticar alguma função no mundo, e a minha era fugir e matar. Eu sei que isso não é nada simpático, mas não tento ser.

Todos devem me odiar, ter nojo de mim, e eu deles. Minha vida é vazia, sozinha, sem amor, sem piedade. Mas eu não mato por dinheiro, não mato por nenhum tipo de riqueza. Eu mato por vingança, mato por amor, por um amor perdido e irrecuperável.

A verdade de tudo é que no começo eu era tão feliz, com ela, Mary... Ela era tudo para mim, nada poderia ser igual. Mas ai chegou aquele dia, o fim de uma vida, e o começo de outra.

Eu passeava de mãos dadas com ela naquele parque à noite, mas então chegaram aquele monte de homens vestidos de preto. Eu tentei fugir com ela, mas uma bala acertou suas costas e... era o fim.

E depois daquele dia eu só tinha em mente, que eu iria me vingar, com minhas próprias mãos e ai sim eles iam ver como é perder a noção do tato, da visão, e da sensação do mundo a sua volta. Fiquei treinando durante dias, até que se passou um ano, exatamente. Era o mesmo dia que aquilo tinha acontecido, mas um ano depois. Naquele dia, eu fui até o beco onde aqueles estúpidos moravam, eu tinha uma faca na mão, e com aquela faca, em exatos 14 segundos, eu acabei com a vida de cada um deles, e sim, eu contei os segundos.

Depois daquele dia, passei a ser procurado pela policia, mas não me arrependo do que fiz, afinal é isso que dizem sobre o amor, por ele, fazemos loucuras, mas eu acho que a policia não aceitaria isso como explicação. E é aqui que estou agora, continuo fugindo, sem deixar que ninguém se aproxime de mim, porque qualquer um pode me apunhalar pelas costas quando eu menos esperar.

Eu não confio em ninguém, porque para cidade inteira eu sou um assassino, um mau caráter que não liga pra ninguém. Mas a verdade, é que eu sou um vingativo, mato aqueles que matam outras almas inocentes, como Mary, mato aqueles que merecem a morte.

Agora eu me encontro no meu esconderijo, numa pequena entrada ao lado da ultima parada do metro aqui de Nova York. É meu refugio em uma cidade tão grande e movimentada como essa. Acho que aqui era uma antiga sala de comando da cidade, algo do tipo, pois quando descobri esse lugar ele estava cheio de aparelhos desmontados pelo chão. E foi quando eu me interessei por aqui, eu estudava tecnologia, então entendia da coisa. Passei a visitar este lugar freqüentemente, tentando concertar essas maquinas e ver para que elas serviam. Por fim, descobri que eram como TVs, ligadas a algum tipo de câmera, que filmavam em partes toda a cidade. E é assim que agora eu sei quando algo de ruim acontece.

Era tarde, meia noite, me deitei no colchão que tinha no chão e aos poucos meus olhos foram se fechando, eu tinha medo, as noites eram as horas mais sombrias.

Eu dormia, quando a barulho do brusco abrir das janelas me acordou. Olhei para fora, nada vi, mas tinha a sensação que alguma coisa me espreitava. Ainda deitado olhei para o relógio, eram 3: 46. Levantei-me, vesti minha jaqueta de couro escura e sai na rua. Olhei para os lados, mas não havia nada, até que avistei uma sombra se locomovendo em direção ao central park, eu a segui.

Quando eu já me encontrava entre as arvores daquele parque, algo fechou meus olhos por traz, e segundos depois, beijou minha bochecha, perto aos meus lábios, e depois, foi embora. Naquele momento abri os olhos e olhei pela volta , mas nada mais restava. Voltei então para meu esconderijo.

Ao entrar, tranquei a porta e fui até o espelho. Quando vi minha imagem, avistei na minha bochecha a marca de lábios com batom vermelho.

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No dia seguinte me acordei, lembrava da noite passada, mas não era importante o bastante. Poucas horas depois ouvi barulhos vindos da televisão, foi quando vi um homem, ele tinha uma arma na cabeça de uma mulher. Mais uma tarefa para mim, peguei a jaqueta e a arma, então me fui.

Quando eu voltei havia mais um homem morto no mundo. Eu sei isso parece doença, mas minha vida é uma doença, não há saída, a vida realmente não é um conto de fadas, não chega nem perto disso, a vida é um enorme desastre, nos colocam aqui para ficarmos presos num mundo de mentiras, traições, mortes e tristeza. Existem mais horas tristes do que felizes, fato...

Eu olhava pela janela, nevava naquele dia, uma neve branca e fina. Havia algo que me puxava para fora de casa, e eu não podia ficar trancado ali dentro. Então sai, ninguém andava pela rua, o que é estranho aqui em NY. Andei mais um pouco e me sentei em um banco entre algumas árvores.

Um tempo se passou, e eu só apreciava aquela paisagem branca, mas novamente senti a presença de alguém. E dessa vez eu iria descobrir quem era, senti passos se afastando, então me levantei do banco e sai atrás, fui até o meio do parque seguindo aqueles passos, até que consegui enxergar quem os executava, era uma mulher, a mulher de ontem a noite, eu tinha certeza. No exato momento em que avistei-a ela parou. Eu fui devagar até alcança-la. Ela usava calças jeans, um blusão preto com colares dourados, seus lábios vermelhos cor de sangue, os cabelos cacheados e os olhos virados para baixo. Eu fiquei encarando-a, ela era linda, o jeito que seus cabelos caiam com cachos em seus ombros era delicado, e seus lábios vermelhos lhe davam um espírito forte e frio, e seu perfume,...era como droga, tão hipnotizador. Nesse momento ela rapidamente direcionou os olhos para mim, eu apenas continuei encarando-a. Ela foi se aproximando, passou sua mão por meu rosto, então abriu um sorriso de canto, escondido e disfarçado, voltou a mão de volta ao lado de seu quadril, então ela falou de um modo fraco, mas sedutor:

- Nicholas...

Eu me surpreendi com o que ela disse, ela sabia meu nome, mas eu não tinha idéia de quem ela era, mas que ela me fazia querer ficar perto dela, concerteza fazia.

- Quem é você? – eu disse em palavras curtas e rápidas

Eu vi ela fazer o mesmo sorriso desviando o olhar, mas depois me olhando novamente

- Não interessa

Ela era fria, assim como eu era.

- Como sabe quem eu sou? – eu perguntei com autoridade e razão em minha voz.
- Já disse, não interessa. – ela retrucou em palavras vazias
- Talvez a mim interesse - eu disse
- Sim, Talvez – novamente ela disse em palavras curtas

Ficamos quietos depois disso, até ela ir se afastando, e depois ir embora, e logo depois eu fui.

Aquela menina, tão misteriosa, tão fria, tão linda e tão atraente, ela tem um cheiro que me puxa para perto dela, mas não sei nada sobre o que acontece quando ela esta perto, ela é simplesmente diferente do mundo inteiro e me faz sentir como se não estivesse nele.

Naquela noite meus pensamentos estavam todos voltados para ela, mas o dia amanheceu como os outros e nada tinha mudado. Levantei-me, assim como fiz nos outros dias, vesti um boné e óculos escuros, então fui até um café aqui perto comer alguma coisa. Quando terminei fui até o parque.

Cheguei lá e me sentei em um banco enquanto olhava para o lado, tentando achar...ela. Então, de repente, senti alguém cutucando meu ombro, e eu tinha quase certeza de que era ela, então rapidamente me virei.

- Nicholas, você esta preso.

Foi isso que aquele homem de uniforme disse alguns segundos antes de eu sair correndo de lá e fugir.

Entrei no meu esconderijo, mas sabia que não poderia ficar ali por muito tempo, eles iriam me encontrar. Me sentei em uma cadeira, eu tinha as mão na cabeça, eu não tinha o que fazer. Foi quando vi ela entrando pela porta, suas botas faziam barulho e ela foi até mim, se abaixou na altura em que eu estava e ficou me olhando.

- você foi pego – ela disse
- quem é você? Como você sabe quem eu sou? – eu a questionei mais uma vez

Ela me encarou por um tempo, depois foi até a janela e ficou olhando para fora.

- conheço você, entendo você... – ela falou sem desviar o olhar da janela
- ram – eu disse mostrando ironia – eu duvido – eu disse pouco antes de ela voltar a me encarar
- entendo que duvide, mas conheço você, vivo o que você vive – ela se aproximou de mim
- e você é o que? Uma fugitiva? – eu perguntei
- não...sou uma esquecida, uma solitária, isso é o que sou. – ela me disse – assim como você é

Naquele momento eu apenas virei o rosto para o espelho e fiquei encarando minha própria imagem. Ela veio caminhando até mim e sentou no canto da cadeira em que eu estava sentado.

- o que você vê? – ela disse apontando para meu reflexo
- o mesmo que vejo quando olho pela janela, tristeza, tragédia e destruição - eu falei friamente, mesmo sabendo que aquilo não iria afeta-la
- acho que...temos a mesma visão do mundo

Foi o que ela disse, então ela virou o rosto para mim, e eu virei o meu para ela. Ela se aproximou de mim, fechou os olhos e quando seus lábios já estavam quase tocando os meus eu vi em seu rosto a imagem de...Mary.

Rapidamente eu me afastei e sai dali, indo em direção a cama.

- Vá embora... – eu disse rispidamente
- Tudo bem... – ela disse depois de respirar fundo e então saiu

Eu não sabia o porquê, mas eu sentia como se eu estivesse traindo Mary, como se ela ainda estivesse viva e me espreitando a cada minuto. E eu ainda a amava, mas...aquela garota... ela me entendia, e me aceitava exatamente do jeito assassino e frio que eu tinha, ela não tinha medo de mim. E era como se... como se eu me apaixonasse pela segunda vez, era como se eu esquecesse de absolutamente tudo quando estava ao seu lado, e isso me mudava, mudava meu pensamento por algo mais... mais feliz , algo que tenha uma possibilidade de solução.

Perdido nos pensamentos eu cai no sono, foi quando vi uma luz vinda em minha direção. E aos poucos ela se transformava na forma de uma mulher, na forma de...de Mary. E ela usava um vestido branco, os cabelos lisos e loiros, ela me olhou com aqueles olhos azuis. Eu passei a mão em seu rosto, ela fechou os olhos e tocou minha mão, mas depois abriu novamente os olhos e sorriu para mim, depois falou:

- ame-a

Naquele momento eu me acordei, era um sonho. Eu me encontrava confuso, mas eu sabia o que ela quis dizer, ela estava me dando permissão para recomeçar. Mesmo assim não sabia o que devia fazer. Quem eu era? Qual era minha verdadeira função por aqui? Eram perguntas demais e eu já estava cansado de me fazer essas perguntas. Então eu peguei meu revolver, eu estava decidido. Fui para aquele parque, observei a paisagem a minha volta, então apontei a arma para mim mesmo, contei até 3, e disparei, mas antes da bala me atingir ouvi um grito e alguém me empurrando para o lado.

Quando me dei conta do que tinha acontecido vi ela...a garota misteriosa que tanto me atraia, deitada ao chão, sua perna sangrava. Eu não consegui ver ela daquele jeito por muito tempo, então peguei ela nos meus braços e levei até meu refugio. Coloquei-a na cama e depois prensei um pano com água em sua perna.

- Eu vou morrer? – ela perguntou
- Não, não foi profundo o bastante

Naquele momento ela riu

- Como você sabe? É medico?
- Não... Mas, é a experiência
- Que droga!

Então eu a olhei confuso

- O que? Queria ter morrido?
- Não...Eu só odeio isso! – ela disse
- Odeia o que? – eu perguntei
- Odeio te amar, mas é inevitável

Naquele momento eu sorri e me aproximei dela. Ela colocou os braços em volta de meu pescoço, e eu segurei sua cintura, então ela sorriu e me beijou

Eu não sabia o que exatamente eu sentia naquele momento, ou o que tinha mudado. Eu só podia dizer que era como se com ela as coisas fossem diferentes, e que nada mais existia ou importava, éramos só nós dois ali, e nada poderia atrapalhar ou acabar com o jeito que nós nos sentíamos juntos, era uma força maior que o universo a nossa volta, que poderia acabar com qualquer um .
Nós simplesmente tínhamos que estar juntos, era inevitável, era uma sinfonia de resistência, juntos éramos mais fortes, nosso amor era imbatível. E eu a amava com todas as minhas forças, com todo meu respirar, e eu daria minha vida por ela.

Poucas horas depois tínhamos recolhido as coisas e estávamos em um carro indo em direção a Califórnia. Eu continuava com minha vida de fugitivo, mas agora tinha ela ao meu lado para aproveitar os pequenos, mas inesquecíveis momentos felizes a vida.

- Quem é você mesmo? - eu perguntei enquanto dirigia.
- Me chame de... Selena – então ela colocou os óculos escuros e seguimos a viagem.

FIM

Gente MUITO obrigada pelos coments em todas as historias!
Eu AMO VCS! Vcs são demais!
Quero pedir que vocês comentem nessa historia especialmete, porque eu me esforcei mt pra fazer e também pq eu vou responder TODOS os coments! : D